quinta-feira, 14 de agosto de 2014

De Marcos Freire a Eduardo Campos, existe mais terror entre o céu e a terra do que possa caber em nossos pesadelos --- Terrorismo de Estado, desde 1900 e antigamente --- A Folha de S. Paulo quer, ou não, sigilo nas investigações?

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Facebookada Extra

A tecnologia do terror é moderna, mas os terroristas e seus interessem são antigos

TERRORISMO DE ESTADO

Durante a ditadura, do lado do governo, houve quem considerasse até as decisões de governantes sem voto (como os atos institucionais), insuficientes para controlar a sociedade e enquadrar a oposição. E partiram para o terror. Os atentados mais radicais foram abortados pela insubordinação de um militar.

No dia 14 de junho de 1968, o capitão para-quedista Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho ouviu uma preleção feita pelo chefe de gabinete do ministro da Aeronáutica, brigadeiro João Paulo Burnier – o mesmo oficial que ordenara à tropa de elite que caçasse a tiros quem atirasse objetos na polícia, durante a repressão a uma passeata, alguns dias antes.

De acordo com o jornalista Elio Gaspari, diante de três oficiais e 11 graduados, o brigadeiro colocou em ação sua metralhadora giratória:

Vocês sabem que para saber salvar é preciso saber matar. (...) Matar não é fácil, matar é uma coisa difícil. Para saber matar bem é preciso que a mão não trema, a mão não pode tremer. Para cumprir missões de morte na guerra é preciso também matar na paz. Deve-se sentir o gosto de sangue na boca.

Burnier queria que seus homens sentissem na boca o sangue de, entre outros, Carlos Lacerda. Sérgio Macaco, como era conhecido o capitão na tropa, protestou e o brigadeiro explodiu:

Pois será afastado do Para-Sar. E vai sentir todo o peso dos meus galões.

Num segundo encontro, sem testemunhas, Burnier teria ido mais longe. Num primeiro momento, a turma do Para-Sar deveria colocar bombas na porta da loja Sears, do Citibank e da embaixada americana, causando algumas mortes. Em seguida dinamitariam a Represa de Ribeirão das Lajes e o gasômetro. As cargas, de efeito retardado, seriam colocadas pelo capitão Sérgio, que depois ficaria aguardando o clarão das chamas no Campo dos Afonsos. Aí ele decolaria de helicóptero e aportaria no local da tragédia para atender as vítimas – e receber a quinta medalha, enquanto a culpa pelos ataques seria repassada aos terroristas de esquerda.

Sérgio Macaco recusou-se a participar do plano e denunciou-o ao brigadeiro Délio Jardim de Mattos. O brigadeiro Eduardo Gomes, um dos ícones da Aeronáutica, pediu ao presidente da Arena, Daniel Krieger que expusesse o caso ao presidente Costa e Silva. Depois, calou-se.

A sindicância aberta pela Aeronáutica confirmou as declarações de Sérgio Macaco quanto a primeira reunião. Seu condutor foi demitido e preso por dois dias. Sérgio Macaco foi transferido para Recife, depois expulso da Aeronáutica, cassado pelo AI-5 e pelo Ato Complementar 19. Mário Covas, líder do MDB na Câmara, acabaria sendo preso depois do AI-5, sob a alegação de ter se envolvido com o assunto. Nos anos 90, o Supremo Tribunal Federal determinou indenização e promoção de Sérgio Macado. O então Itamar Franco demorou a assinar o ato, que foi publicado três dias após a morte do agora senador, em 4 de fevereiro de 1994.

Durante o ano de 1968 o terrorismo de direita praticou 20 atentados com explosivos e dois duplos sequestros. Algumas dessas bombas tiveram com alvo dois teatros: o Ruth Escobar em São Paulo, que exibia Roda Viva, de Chico Buarque e no Opinião do Rio, destruído completamente por coquetéis molotov e algumas bombas.

Em 26 de junho de 1968, um pequeno caminhão, carregado com 50 quilos de dinamite foi lançado contra o quartel-general do II Exército. O ataque feito pela Vanguarda Popular Revolucionária matou o soldado Mário Kosel Filho de 18 anos e feriu o coronel Eldes de Souza Guedes, os soldados João Fernandes de Souza, Luiz Roberto Juliano, Edson Roberto Rufino, Henrique Chaicowski e Ricardo Charbeau. A VPR tinha sido fundada no ano anterior pelo capitão do Exército Carlos Lamarca, que desertara levando armas e munições.

O terrorismo de direita retornaria mais adiante, com maior intensidade, levando a assinatura da Aliança Anticomunista Brasileira. Em 19 de agosto de 1976, uma bomba explodiu no sétimo andar da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), destruindo dois banheiros próximos ao gabinete da presidência. Outra bomba foi localizada naquele mesmo dia na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Um mês mais tarde, dom Adriano Hipólito, bispo de Nova Iguaçu foi sequestrado, espancado e deixado nu, com corpo pintado de vermelho num matagal em Jacarepaguá, enquanto seu carro era levado até as vizinhanças da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na Glória, e destruído por uma bomba.

Naquela madrugada, outra bomba explodiu no telhado da casa de Roberto Marinho, no Rio.

Em 1980, bancas de revistas que vendiam jornais alternativos foram incendiadas em São Paulo e Minas Gerais. Uma carta-bomba endereçada ao presidente nacional da OAB, Eduardo Seabra Fagundes, explodiu nas mãos da secretária Lyda Monteiro da Silva. Simultaneamente, seis pessoas ficaram feridas por uma explosão na Câmara dos Vereadores. A Polícia Federal localizou o suposto autor dos atentados. Ronald James Watters, ex-funcionário do Ministério da Agricultura, foi preso, libertado seis meses depois e absolvido por unanimidade pela Justiça Militar em 1983.

No dia 3 de maio de 1981, Villasboas Correa publicou a seguinte coluna no Jornal do Brasil:

A BOMBA EXPLODIU NO PLANALTO
J B – 0 3 / 0 5 / 1 9 8 1

Extraído de Brado Retumbante - Do golpe às diretas

Fernando Soares Campos compartilhou um link via Mary Almeida.
Matéria da Folha de S. Paulo, em 10 de maio de 2014, mandou isso aqui pro ar:

LEI TORNA SIGILOSA A INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES AÉREOS NO PAÍS
(Sempre foi sigilosa, ora!, devem ter criado instrumentos legais de segurança mais eficientes para as investigações)

E Folha afirma que...

"A intenção é blindar detalhes da investigação para que não sejam usados por polícia ou Ministério Público em inquéritos ou ações criminais contra suspeitos de causar determinado acidente aéreo" ("determinado"). 

Leitores da Folha, ontem, invadiram os espaços de comentários da edição online acusando Dilma e PT de terem mandando derrubar o avião. A Folha aceita tudo.



Estou me convencendo, cada vez mais, de que esse acidente com Eduardo Campos já era esperado. Precisavam mudar "os rumos da eleição presidencial". Eduardo pode ter sido sorteado, mas poderia ter sido o Aécio, e ele deve estar se borrando, agradecendo a Deus não ter sido o escolhido. Assistam às declarações dele sobre o acidente. O homem tá todo se tremendo, balbuciando.

Já O Globo, no dia anterior, havia publicado sobre o mesmo assunto, sob o título: "Dilma sanciona lei que protege sigilo de caixa-preta de acidentes aéreos".

E diz o seguinte: "O objetivo é proteger denúncias, depoimentos e as análises ainda em andamento dos casos. Pela legislação em vigor, a apuração de tragédias aéreas no país cabe ao Sistema de Investigação Sistema de Investigação e Prevenção (Sipaer), cujo órgão central é o Cenipa."

FALEI PARA MUITOS DOS MEUS AMIGOS QUE....

Matéria da Folha, de 10 de maio de 2014, já adiantava o que viria a acontecer em agosto: Culpar o PT pela queda do avião de Eduardo Campos e atribuir a Dilma a blindagem... 


Pois já saiu essa coisa aí, Dani Schwery, candidata do PSDB a deputada, dizendo isso aí na imagem...

Essa matéria da Folha foi muito providencial, pois, além dessa coisa estupida candidata a deputada, já começaram a insinuar isso em alguns telejornais....

A quem interessava essa matéria desde maio? 

Por que sacaram a matéria rapidinho?

O que realmente diz a lei?

Pode-se investigar um acidente aéreo sem manter sigilo sobre as etapas da investigação?

A quem poderia interessar informações precipitadas sobre um acidente aéreo?
Foto: FALEI PARA MUITOS DOS MEUS AMIGOS QUE....

Matéria da Folha, de 10 de maio de 2014, já adiantava o que viria a acontecer em agosto: Culpar o PT pela queda do avião de Eduardo Campos e atribuir a Dilma a blindagem... 

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/05/1452280-lei-torna-sigilosa-apuracao-de-acidentes-aereos-no-pais.shtml

Pois já saiu essa coisa aí, Dani Schwery, candidata do PSDB a deputada, dizendo isso aí na imagem...

Essa matéria da Folha foi muito providencial, pois, além dessa coisa estupida candidata a deputada, já começaram a insinuar isso em alguns telejornais....

A quem interessava essa matéria desde maio? 

Por que sacaram a matéria rapidinho?

O que realmente diz a lei?

Pode-se investigar um acidente aéreo sem manter sigilo sobre as etapas da investigação?

A quem poderia interessar informações precipitadas sobre um acidente aéreo
CANALHAS!

1987 – Explodiram um avião com o então ministro da Reforma e Desenvolvimento Agrário, senador Marcos Freire.

2006 – Vésperas da reeleição de Lula - Derrubaram o Boeing 737-800, causando a morte de todas as 154 pessoas a bordo. Pretendiam botar na conta do governo Lula, fizeram o possível, mas não deu.

2007 – A queda do O voo TAM 3054, em Congonhas. Tudo muito suspeito. Todas as 187 pessoas que estavam no avião morreram. Tentaram culpar o governo Lula.

2014 – Míssil abate avião da Malaysia Airlines com 298 pessoas na Ucrânia.

2014 ― Cai avião em Santos e mata o candidato à Presidência da República Eduardo Campos.

A imprensa, 1 hora depois do acidente, está especulando quem substituirá a candidatura de Eduardo Campos: Marina ou outro político.

O acidente ocorreu um dia depois da entrevista de Campos no Jornal Nacional, no dia da entrevista da presidenta Dilma para o mesmo telejornal.

LEIA TAMBÉM...

Que diabos isso tem a ver com Operação Mangosta?

Fernando Soares Campos
La Insignia. Brasil, janeiro de 2007.

http://www.lainsignia.org/2007/enero/ibe_029.htm
Foto: CANALHAS!

1987 – Explodiram um avião com o então ministro da Reforma e Desenvolvimento Agrário, senador Marcos Freire.

2006 – Vésperas da reeleição de Lula - Derrubaram o Boeing 737-800, causando a morte de todas as 154 pessoas a bordo. Pretendiam botar na conta do governo Lula, fizeram o possível, mas não deu.

2007 – A queda do O voo TAM 3054, em Congonhas. Tudo muito suspeito. Todas as 187 pessoas que estavam no avião morreram. Tentaram culpar o governo Lula.

2014 – Míssil abate avião da Malaysia Airlines com 298 pessoas na Ucrânia.

2014 ― Cai avião em Santos e mata o candidato à Presidência da República Eduardo Campos.

A imprensa, 1 hora depois do acidente, está especulando quem substituirá a candidatura de Eduardo Campos: Marina ou outro político.

O acidente ocorreu um dia depois da entrevista de Campos no Jornal Nacional, no dia da entrevista da presidenta Dilma para o mesmo telejornal.

LEIA TAMBÉM...

Que diabos isso tem a ver com Operação Mangosta?

Fernando Soares Campos
La Insignia. Brasil, janeiro de 2007.

http://www.lainsignia.org/2007/enero/ibe_029.htm
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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons
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PressAA


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