segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

O Clube dos Cafajestes das Comunicações afanou a Rádio Clube de Pernambuco --- Festa de Iemanjá: Jaques Wagner e Rui Costa não apareceram; ACM Neto tardou, mas não falhou --- Tiro de canhão pra espantar mosquito: O "humor" de Sardenberg --- Os comunicadores que abandonaram programas no ar

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De Ruy Sarinho, nosso correspondente, jornalista-radialista pernambucano:

Amigos,
Segue artigo-denúncia sobre um crime contra a história da comunicação: a morte da Rádio Clube de Pernambuco pela Rádio Globo.
Um abraço,
Ruy Sarinho

“Alô, Nordeste”, Mataram a Nossa Rádio 

Clube!
           
Atenção! Esta notícia deveria sair nas páginas policiais: "Morte anunciada. Acabam de matar a Rádio Clube de Pernambuco, a PRA 8!"

Choram as ondas do rádio.

A gula insaciável pelo poder, pelo dinheiro e pela manutenção do monopólio da comunicação brasileira, que alimenta o repugnante Clã Marinho, decretou o dia 03 de fevereiro de 2014 como o dia da morte da Rádio Clube de Pernambuco, a Primeira Emissora de Rádio do Brasil e da América Latina. Um assassinato da cultura, da história do rádio, por cabeças imbecis e inescrupulo$as.

A partir desta data, quem sintonizar a frequência AM de 720 KHz não vai mais ouvir as vinhetas da Clube e sim da globalizada Rádio Globo, uma emissora que impõe uma programação pasteurizada País afora. A Globo vai na contramão do rádio, que tende a revalorizar as programações locais, regionais, com a cara de cada região e não essa coisa insossa de programação em rede que tentaram difundir mundo afora a partir da globalização neoliberal “made” in Tio SAM. Com finalidade de acabar com as culturas e identidades locais.

A saída do ar da Rádio Clube de Pernambuco, a PRA 8, é um crime!

Que mudasse de mão, mas continuasse Rádio Clube de Pernambuco.

Uma emissora de rádio antes de ser uma propriedade de empresários gulosos e espertos é uma concessão pública que deveria ter como principal finalidade o serviço público ao seu ouvinte, com objetivos educativos, sociais e de defesa dos direitos humanos. E cultura local é direitos humanos.

Certas estão a Argentina e a Venezuela, que criaram suas leis para controlar as empresas de comunicação de seus países, que, como no Brasil ainda hoje, eram manipuladas e pautadas pelos EUA.

E isto feito na Argentina e Venezuela nunca foi, e nem será, censura.

Sou jornalista provinciano, mas nunca me prostituí, nunca vendi a minha pena, os meus princípios, e defendo esse controle da mídia.

Censura é o que fazem esses donos da comunicação no Brasil, com seus monopólios, que sempre conseguiram eleger quem queriam, até antes da chegada da internet.

Aqui, em Pernambuco, teve colunista que se demitiu de um grande Jornal da Capital por não se submeter às ordens do patrão, tido como democrata, que proibia qualquer crítica a um então governador que hoje não passa de um político morto, apesar de estar com mandato na mão. Isto é que é censura e acontece também na telinha da Globo e jornalões diariamente.

Até agora, não ouvi um único parlamentar pernambucano protestar contra o enterro precoce da Rádio Clube de Pernambuco, o que é lamentável.

É verdade que a Emissora vem de longo processo de decadência, com dirigentes, com comandos incompetentes, ou mal intencionados. Muita gente se fez às custas da Rádio Clube. “Gente de bem”, de paletó e gravata, os chamados “empreendedores”. Enquanto a Rádio foi indo ao fundo do poço.

Mas nada justifica a morte anunciada da Emissora da Rua do Veiga.

Por que nós, brasileiros, e pernambucanos em particular, negamos a nossa memória, cultural e histórica?

Parece que temos vergonha de guardar para sempre o que foi construído no passado, amparados numa falsa e burra modernidade, que não passa de falta de cultura característica de uma elite econômica e política deseducada. Burra. Ou colonizada, propositadamente treinada para não preservar as nossas raízes, a nossa identidade, sob o preconceituoso, e excludente discurso, também escroto, de uma tal meritocracia.

A mais recente vítima dessa falta de memória chama-se Rádio Clube de Pernambuco, a PRA 8, o “Canhão do Nordeste”, que com os seus 100 Kilos de potência varreu o Nordeste, e o Brasil e o Mundo - através das suas ondas curtas - até algumas décadas atrás, com um rádio de sotaque genuinamente pernambucano, nordestino, como a alma de nossa gente.

A Rádio Clube de Pernambuco foi Escola do Rádio Brasileiro. Mestres da comunicação, como Chico Anísio, por exemplo, iniciaram seu sucesso profissional nos seus microfones, aqui em Pernambuco. O título desta despedida-denúncia é uma marca que faz história, o Programa “Alô, Nordeste!”, comandado por Elias Lourenço que liderou durante muitas décadas a audiência das madrugadas nordestinas e que foi afastado anos atrás porque um idiota de Brasília que veio (des)comandar a Emissora o considerou velho e ultrapassado. Hoje, Elias Lourenço continua fazendo sucesso nas madrugadas pela Rádio Folha FM e do incompetente que o demitiu não se sabe nem o nome. Deve ser um desses tais “empreendedores” espertos e falantes que pululam por aí. Imagino a saudade e tristeza de Geraldo Leal, Elias Lourenço, Aldemar Paiva e tantos outros que vivenciaram por dentro a história da Rádio Clube.

É de fazer chorar!

Um pouco desta bela História

Há 95 anos no ar, a Rádio Clube de Pernambuco, a PRA 8, foi a primeira emissora de rádio do País e da América Latina, fundada em 06 de abril de 1919 por um grupo de amigos amadores liderados por Augusto Joaquim Pereira, com edital de criação publicado pelo Diario de Pernambuco. As primeiras instalações situavam-se no Parque 13 de Maio, passando em 1923, com a entrada de Oscar Moreira Pinto, a funcionar na Avenida Cruz Cabugá com um pequeno equipamento de 10 watts que possibilitava a irradiação das suas ondas no Centro da Cidade e em alguns bairros da Cidade. Esta façanha colocou Pernambuco no pioneirismo da radiodifusão no Brasil.

A Rádio Clube de Pernambuco também deu o pontapé inicial no radialismo esportivo, realizando a primeira transmissão ao vivo no Norte-Nordeste, com a narração de um jogo feita pelo locutor Abílio de Castro, em 1931. A partir daí a Emissora passou a liderar o jornalismo esportivo no rádio com a melhor aparelhagem técnica e maior potência de transmissão. Já nas décadas de 1960 e 1970, com equipe especializada, manteve liderança absoluta nas transmissões esportivas do Nordeste Em 1936 sua potência já era de 50 Kilowatts chegando tempos depois aos 100 Kilos que a tornaram o “Canhão do Nordeste”, marca usada até os dias atuais. Ainda nesses anos a Clube já contava com um grande quadro de locutores, jornalistas, artistas e produtores que era responsável por uma programação popular que incluía radionovelas e programas de auditório. Até uma maravilhosa orquestra a Emissora passou a ter com a contratação do genial Maestro Nélson Ferreira, que encantava Pernambuco e o Brasil.

Outro marco da Rádio Clube de Pernambuco foi o Repórter Esso, surgido no País em 1941 e que um ano depois passou a ser transmitido pela nossa PRA 8 com os ouvintes ao pé do rádio para se informarem sobre tudo o que acontecia na Segunda Guerra Mundial. A partir de 1952 a Rádio Clube de Pernambuco passou para as mãos dos Diários Associados, empresa fundada pelo jornalista e empresário Assis Chateaubriand, responsável pela instalação da televisão no Brasil numa época em que se achava desnecessária essa inauguração da TV no País.     

Olinda, 2 de fevereiro de 2014
Ruy Sarinho (Cidadão pernambucano, ouvinte da Rádio Clube e jornalista).


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Domingo, 02 de Fevereiro de 2014

Iemanjá: Rui Costa e Wagner não aparecem; [ACM] Neto irá à tarde


por Evilásio Júnior / Juliana Almirante

Iemanjá: Rui Costa e Wagner não aparecem; Neto irá à tarde
Foto: Ag Haack/ Bahia Notícias
Escolhido pelo PT para disputar a sucessão de Jaques Wagner ao governo estadual, o secretário da Casa Civil, Rui Costa, ainda não marcou presença nos festejos da Rainha do Mar neste domingo (2). A assessoria do pré-candidato informou ao Bahia Notícias que ainda não sabe se ele irá à celebração que ocorre no bairro do Rio Vermelho. No entanto, o petista poderá comparecer à tradicional feijoada oferecida pelo partido durante a tarde. Já o governador Wagner, mesmo em ano eleitoral, repetiu a tradição de outros anos e também ficou de fora da festa. O prefeito ACM Neto (DEM), apontado como “líder da oposição” para a disputa nas urnas em outubro, agendou a visita aos festejos de Iemanjá para as 14h.


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Humor

Viomundo


Sardenberg pede emprego para quem não quer, nem precisa de emprego

publicado em 31 de janeiro de 2014

por Luiz Carlos Azenha

Vários leitores, nos comentários, nos chamaram a atenção para a fala do economista Carlos Alberto Sardenberg no Jornal da Globo sobre a taxa recorde de desemprego. Deveria ser uma notícia boa, certo?

Ficou assim, segundo o comentarista global, que parece abrir com um ato falho:

“Nos temos aquela história, alguns até dizem que os números mostram qualquer coisa que você quiser que mostre, basta torturá-los que eles entregam. Nós temos aqui alguns indicadores importantes, o primeiro deles que eu acho que é importante ressaltar é essa queda no número de pessoas trabalhando.

Isso aqui é comparação mês contra o mesmo mês do ano anterior. Então por exemplo em dezembro de 2012 havia 3% a mais de pessoas trabalhando que um ano atrás. Reparem que a coisa foi caindo, né.

Aqui, estabilizou em setembro, agora em outubro, novembro e dezembro você teve queda, quer dizer, nesse último trimestre do ano tinha menos gente trabalhando que no último trimestre de 2012. A população ocupada diminuiu.

Como é possível isso ocorrer e ao mesmo tempo você ter uma queda da taxa de desemprego?

A explicação tá aqui, ó, primeiro você tem isso aqui, População Economicamente Ativa, que é todo mundo que tá trabalhando e as pessoas que querem trabalhar e não conseguem emprego. Então são os 96% que estão trabalhando e os 4% da taxa de desemprego.

Repare aqui, tava crescendo 1,7% [em 2012], cresceu 0,6% no ano passado, a população cresce mais do que isso, portanto tem mais gente sem trabalhar. E esse número fica expresso aqui ó, nesse índice de participação. Tá aqui, ó, dos brasileiros em idade de trabalhar 57,8% [estavam ocupados em 2012], no mês passado ficou em 56,7%, quer dizer, diminuiu o número de pessoas que podem trabalhar e estão trabalhando.

Pergunta: Sardenberg, e por que esse número de pessoas que não trabalham, não querem trabalhar, não procuram emprego, aumenta? Tem uma explicação?

Não tem uma explicação assim medida, mensurada. Mas você tem umas hipóteses muito boas: renda familiar maior, quer dizer, a família já tá com a renda suficiente, não precisa mais gente de trabalhar; jovens ficando mais tempo na faculdade, isso é um bom sinal; aposentados, no Brasil é normal que o aposentado volte a trabalhar, mas parece que o número tá diminuindo, menos aposentados estão voltando a trabalhar e também beneficiários de programas sociais; e finalmente, que é o dado mais negativo, que é o nem-nem, são jovens que não estão habilitados, não trabalham e nem estudam. Esse é o grande problema.

O resumo da ópera é o seguinte: todo mundo que precisava trabalhar e que quer trabalhar tá trabalhando, agora precisa criar empregos para atrair esse pessoal aqui”.

PS do Viomundo:  O “teste de hipóteses” é uma das notáveis contribuições de Ali Kamel ao jornalismo brasileiro; Sardenberg conseguiu pedir a criação de empregos para pessoas que não querem, nem precisam trabalhar. Ao fim e ao cabo, transformou o recorde histórico numa notícia meia boca, com o apoio de gráficos e barras cintilantes. “Bom jornalismo”, diriam alguns.
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De...

...para a PressAA...

Dr. Osmar não foi o primeiro a abandonar um programa. 

     
saída de Osmar de Oliveira do ‘Jogo Aberto’, da Band, dessa quinta-feira, 30, rendeu muitos comentários nas redes sociais. Alguns torcedores apoiaram a postura do jornalista, outros criticaram a atitude dele, que deixou o programa irritado após ser interrompido pelos colegas.



Dr Osmar não foi o único; Confira outros casos 
(Imagem: Reprodução/Band)

Poucos minutos depois, Dr Osmar retornou ao estúdio, dizendo que “amigos corintianos” tinham ligado pedindo que não deixasse a atração. O fato é que o desentendimento não é novidade na TV brasileira e o comentarista não foi o primeiro a abandonar um programa ao vivo.

O Comunique-se resgatou casos que ficaram na memória dos telespectadores. Confira os vídeos:
José Carlos Lippi desabafa e sai nervoso- TV Cidade
Hit na internet em outubro de 2013, o comentarista do ‘Esporte Cidade’, da TV Cidade de Teresópolis, ficou extremamente aborrecido com a produção do programa, soltou um palavrão e foi embora durante a transmissão, ao vivo. Ele desabafou, dizendo que muitos convidados tinham oportunidade de falar livremente, mas que na sua vez de fazer análises não havia tempo suficiente. “Todo mundo fala e eu não posso comentar nada!'', indignou-se. Após o “ataque de fúria”, a situação foi contornada e o profissional seguiu na emissora. 

Confira os 5 casos em vídeos

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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA



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