segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Vendo o Rio ao Vivo e em Cores: Acertar com os Pixotes

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política

dom, 12/01/2014 - 10:00 - Atualizado em 12/01/2014

Sugerido por Fiódor Andrade
Do Brasil 247
Por Gisele Federicce
O constrangimento financeiro imposto pela Justiça ao ex-deputado José Genoino não se limita à multa de R$ 667,5 mil, que deverá ser paga com recursos obtidos junto a militantes do Partido dos Trabalhadores. Hoje, Genoino também está sendo forçado a pagar aluguel, porque foi impedido por Joaquim Barbosa de cumprir prisão domiciliar em seu domicílio, numa das decisões mais surreais da história do Judiciário brasileiro.
Como não pôde regressar a São Paulo, onde reside numa moradia simples, no Butantã, Genoino hoje paga aluguel para cumprir sua "prisão domiciliar" fora de casa, em Brasília. A revelação foi feita por Miruna Genoino, em entrevista ao 247. Leia abaixo: 
247 - Como tem sido a rotina do seu pai, você tem passado bastante tempo com ele desde que foi preso?
Miruna Genoino - Não podemos falar em rotina, já que meu pai está cumprindo uma prisão DOMICILIAR fora de seu domicílio, com todas as complicações que tal tipo de situação acarreta. Por isso eu mesma não tenho estado bastante tempo com ele pois moro em São Paulo, trabalho lá, e com isso minha disponibilidade acaba ficando bastante limitada. Atualmente tenho estado mais próxima pois estou de férias, mas as mesmas já estão encerrando-se.
247 - Onde ele cumpre prisão domiciliar neste momento?
Miruna - Em uma casa alugada. É um absurdo, meu pai está pagando para cumprir prisão domiciliar.
247 - Soube que você o acompanha em alguns exames. São a pedido do médico dele?
Miruna - Sim, e porque ele teria que ter retornado a São Paulo dia 07/'01 para uma consulta com o Dr. Kalil para reavaliar sua recuperação, mas como esse pedido foi negado pelo presidente do STF, tivemos que repensar a estrutura de apoio médico, aqui em Brasília.
247 - E como está o estado de espírito dele nesse momento? Como ele reagiu à decisão sobre a multa?
Miruna - O estado de espírito do meu pai é de muita indignação e revolta, mas também de determinação de não se curvar perante às injustiças. Não podemos falar muito mais sobre isso, nem sobre a reação dele, inclusive porque meu pai está proibido de emitir uma opinião pública e não sabemos se comentar sobre sua reação pode ser interpretado como um incumprimento a esta determinação absurda.
247 - Você disse não concordar com a tese, defendida pelo 247, de que o pagamento da multa é uma forma de recuar juridica e politicamente. Por quê?
Miruna - Porque meu pai está preso não porque recuou e aceitou a pena, mas sim porque se vê obrigado a aceitá-la por determinação judicial. Com a multa acontece a mesma situação, não vamos lutar por arrecadar o necessário para o pagamento porque desistimos de lutar, muito menos porque ele é culpado, muito pelo contrário, na nossa luta de arrecadação está a nossa força política, de mostrar que se estamos em tal campanha é porque não temos outra maneira de conseguir o dinheiro necessário. E o que conseguirmos, seja 100 reais, seja 100.000 reais, será pelo apoio de muitas pessoas que acreditam na sua inocência. Além disso, meu pai não quer comprometer de forma alguma sua família e existiam sim riscos quanto a isso, ainda que o consenso geral fosse no sentido contrário. Cumprir a pena não significa reconhecer a culpa.
247 - Trabalha com a hipótese de não conseguir pagá-la?
Miruna - Pode ser que não seja possível dar o valor total de 667.513,92, mas também contestaremos este valor, pois o índice de correção aplicado foi um absurdo.
247 - Você assistiu a uma movimentação de apoiadores querendo fazer doações para o seu pai, a maioria com certeza desconhecida da família. Como vê isso?
Miruna - Como comentei acima, essa arrecadação tem uma força política que é inegável e que nossa família aprecia muito, pois representa a força da nossa luta, a força da nossa verdade, de que meu pai é inocente, foi condenado injustamente e tanto ele como todos nós, e nossos filhos, e os filhos de nossos filhos e quanto mais gerações forem necessárias, lutaremos para que um dia seja feita a justiça. Este movimento mostra que não estamos sós diante de toda essa barbaridade.
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27 de setembro de 1981 - Pixote, a Lei do Mais Fraco, conquista o Biarritz

27/09/2011 - 11:00 | Enviado por: Lucyanne Mano
Pixote, a lei do mais fraco revela a dura realidade da deliquência juvenil brasileira. Jornal do Brasil: Terça-feira, 29 de setembro de 1981


Já premiado na Suíça, foi a vez de Pixote, a Lei do Mais Fraco, de Hector Babenco vencer o Grande Prêmio do Festival de Cinema Ibérico e Latino-Americano de Biarritz, na França, além do Grande Prêmio do Público, laúrea instituída pela primeira vez naquele festival.

Premiado na Europa, Pixote foi recebido no circuito norte-americano como um nocaute, ao tratar de questões sociais sérias, do drama brasileiro de delinqüentes juvenis sobreviventes dos reformatórios ineficazes e das realidades brutais. E se beneficiou da continuidade dos lançamentos de filmes brasileiros de qualidade no mercado norte-americano. Depois de uma longa pausa após o cinema novo e os anos 60, o cinema contemporâneo brasileiro voltou a subir na cotação a partir de 1978, sem o vigor vanguardista anterior, mas com um acabamento formal que visava aos grandes mercados. Assim, seguiu os passos de Dona Flor e Seus Dois Maridos, de Bruno Barreto; Bye, Bye, Brasil, de Cacá Diegues; e Gaijin, de Tizyka Yamazaki.

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PIXOTE - A LEI DO MAIS FRACO

Pixote é um menor abandonado que mora nas ruas e faz roubos para sobreviver. Com passagens por reformatórios, aprende a se virar com o convívio com todos os tipos de criminosos e deliquentes. Traficante, cafetão e assassino, com apenas 11 anos de idade. Coube a Fernando Ramos da Silva e Marília Pera a interpretação dos principais papéis do filme.

Pixote suscitou muitas polêmicas, inclusive ideológicas. Alguns críticos disseram que Babenco explorou a situação da miséria no Brasil, até para fazer sensacionalismo com a sexualidade da marginalização. Houve também tentativas de censura às cenas tidas como mais fortes.

O filme de Babenco foi encurtado para exportação, passando a durar duas horas e apresentado uma narração inicial que lhe deu um tom quase didático. Babenco aparece em cima de uma favela. Apontando para baixo, lê algumas estatísticas do Brasil dos anos 80: "Mais de 50% da população do Brasil têm menos de 21 anos, e há 3 milhões de crianças sem lar... Não existem crechês ou serviços sociais para atendê-las e enquanto os pais ganham a vida, elas vagam pelas ruas, vítimas de crimonosos mais velhos que se aproveitam do fato de a lei não perseguir menores de 18 anos para tornar os menores cúmplices ou perpetradores de crimes".

Anos mais tarde a vida imitaria o cinema. Menino de rua, Fernando Ramos tornou-se ator ao ser escolhido para viver o personagem Pixote. Considerado uma revelação, colheu alguns louros daquela conquista. Mas, embora tenha tentado continuar na carreira, a falta de oportunidades o levou novamente às ruas e à criminalidade em Diadema, SP. Sob suspetia de cometer um assalto, aos 19 anos, sem camisa e desarmado, Fernando foi morto com 8 tiros por policiais.

Leia também:
5 de janeiro de 1982: Marília Pera eleita a atriz do ano de 1981

Vendo o Rio ao Vivo e em Cores
Mais emocionante que isso só experimentando


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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA


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