domingo, 22 de dezembro de 2013

França sonha com a África --- Ingleses têm pesadelo com a China --- Estacão e Trolha sempre atrás de Dirceu --- O sonho de justiça de um presidiário

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A alma dos chineses em 8 frases do filósofo britânico Bertrand RussellPaulo Nogueira



A China desperta ao mesmo tempo muita curiosidade e controvérsias. É previsível, dada a velocidade com que a China caminha rumo à liderança mundial.

Para ajudar a criar uma opinião mais fundamentada para todos nós, vou traduzir aqui alguns trechos do capítulo de seu livro sobre a China em que o intelectual inglês Bertrand Russell dissertou sobre o “caráter dos chineses”. Russell viveu na China, há cerca de cem anos.

Evidentemente suas palavras não devem ser tomadas como verdades definitivas. Mas há nelas, desde que a pessoa não as leia já movida por preconceitos, algo que ajuda a ver em meio às brumas.

Enumerarei algumas, traduzidas o mais fielmente possível:

1) Os chineses, mesmo aqueles que são vítimas de infortúnios evitáveis, reagem com indiferença. Esperam os problemas passarem como se fossem a efervescência de um refrigerante. Depois de algum tempo, ele se pergunta: “É sábio ficar sempre em guarda na expectativa de futuros desastres? Devemos gastar nosso tempo construindo uma mansão que não vamos poder aproveitar?”

2) Os chineses, ao contrário dos povos ocidentais, mantiveram a capacidade de ter um prazer civilizado. Cultivam o tempo livre e as risadas, assim como as discussões filosóficas. De todas as raças que conheci, os chineses são os que mais amam o riso. Eles acham diversão em tudo, e uma disputa pode ser sempre atenuada por uma piada.

3) Os chineses, das camadas mais altas às mais baixas, têm uma dignidade pacata que é imperturbável, e a qual não costuma ser destruída nem quando eles recebem uma educação européia. Não são enfáticos, nem individualmente e nem como nação. Seu orgulho é muito grande para a ênfase. Eles admitem a fraqueza militar da China, mas não julgam que a perícia em matar seja uma qualidade numa pessoa ou num país.

4) Todo mundo tem um rosto, mesmo o mendigo mais humilde. Você não deve impor humilhações a ele, ou transgredirá o código de comportamento chinês.

5) Nada impressiona mais um europeu num chinês do que a paciência. Eles pensam não em décadas, mas em séculos.

6) A China é muito menos uma entidade política do que uma civilização – a única que sobreviveu dos tempos antigos. Desde os dias de Confúcio, os impérios do Egito, da Babilônia, da Pérsia, da Macedônia e de Roma se foram. Mas a China persistiu numa contínua evolução. Houve influências externas – primeiro o budismo, e agora a ciência ocidental. Mas o budismo não tornou a China uma Índia e nem a ciência ocidental vai transformá-los em europeus.

7) O que é ruim no Ocidente – sua brutalidade, sua falta de descanso, sua presteza em oprimir os fracos, sua preocupação apenas com coisas materiais – os chineses não querem adotar. O que é bom, especialmente sua ciência, eles querem adotar.

8) Os chineses que se educaram no Ocidente sabem que um novo elemento é vital para dinamizar velhas tradições, e eles olham para nossa civilização em busca disso. Mas eles não querem construir uma civilização igual à nossa. E é precisamente aí que estão depositadas as melhores esperanças. Se eles não partirem para o militarismo, eles poderão criar uma nova civilização, melhor que qualquer uma que nós ocidentais fomos capazes de erguer.

Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

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De...
Boletim de Atualização - Nº 344 - 22/12/2013
...para a PressAA...

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E se o Grande Irmão controlar a internet?
Estados e empresas já testam sistemas que permitem ocultar ou eliminar, maciçamente, conteúdos digitais. Para evitar futuro orwelliano, é preciso agir agora. Por 
Peter Van Buren 
(Outras Palavras)


A França volta a sonhar com a África






Depois do Mali, Paris intervém na República Centro-Africana, convida parceiros europeus à aventura e finge esquecer resultados trágicos da Conferência de Berlim, em 1885
Por Vinícius Gomes
Se havia dúvidas de que o governo “socialista” francês sente-se nostálgico das velhas relações entre Europa e África, elas terminaram nesta terça-feira (17/12). Ao falar ao Parlamento de seu país, o ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius, anunciouque “diversos países europeus” seguirão a iniciativa francesa e enviarão soldados à República Centro-Africana (RCA), a pretexto de “restarurar a paz”. A iniciativa põe em evidência, mais uma vez, os impasses da África, dividida entre países que vivem surtos (às vezes desordenados) de desenvolvimento e outros, em que o Estado nacional desmorona. Porém, a novidade principal é o regresso de um sentimento europeu atávico: a crença de que o Velho Continente tem a “missão” de civilizar o mundo.
A situação da República Centro-Africana é, de fato, dramática. Em março, um golpe de Estado derrubou o presidente François Bozizé – que assumira o poder dez anos antes, também por força das armas. Os últimos meses foram de caos crescente. Os golpistas, que se articulam no movimento Séléka, praticaram saques, estupros e execuções. Contra eles, formaram-se milícias igualmente violentas. Choques entre ambas as partes provocaram centenas de mortes e desabrigaram 400 mil pessoas – um em cada dez habitantes –, nas últimas semanas. A religião é a linha divisória entre os dois grupos, o que torna mais difícil uma solução. O Séléka é majoritariamente muçulmano; as milícias, cristãs.
A França, que já havia intervido na Líbia, tentara instigar uma agressão ocidental à Síria e ocupara o Mali, no início do ano, resolveu por as mãos também na República Centro-Africana. Cerca de 1,6 mil soldados franceses, com armamento muito superior ao dos grupos africanos, estão no país desde o final de novembro. Duas mortes, entre os invasores, fizeram despencar o apoio à intervenção na França. Por isso, o ministro Fabius está ansioso por envolver outras nações europeias.
Mas por trás das disputas na RCA está também… a Europa. O país é apenas mais um entre os que tiveram suas fronteiras forjadas pela “imaginação” europeia, no século 19. O episódio marcante desta intervenção foi a Conferência de Berlim, em 1885. Nela, governantes do Ocidente partilharam entre si o continente africano. Oito potências – Grã Bretanha, França, Espanha, Itália, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Estados Unidos, Suécia, Áustria-Hungia e Império Otomano – dedicaram-se a esse exercício macabro, em consórcio com suas grandes empresas.
(Para ler completo, clique no título)

Manifestante rebelde, simbolo de irreverência diante da polícia e da repressão aos protestos sociais, é acusada de "violência sexual". Por Cauê Seingermartin Ameni (Blog)

Audiência promovida pelo Ministério Público Federal revela que persistem dúvidas sobre “segurança” das plantas modificadas e expõe necessidade de romper silêncio sobre temas nacionais relevantes. Por Elenita Malta Pereira (Blog)

Escolas introduziram publicidade maciça, pressão sobre professores e estímulo permanente à competição. Resultados lastimáveis estão levando defensores da "novidade" a pedir desculpas públicas. Na Rede Democrática (Outras Mídias)

Sete anos depois de comprar plataforma de vídeos, Google desmente críticos e mostra: era digital exige rever velhos modelos que restringem circulação da cultura. Por Cassiano Gobbet, em Moxphere (Outras Mídias)

Livro põe o dedo na ferida de uma velha "doxa" do mundo intelectual: aquela que coloca em lados opostos do ringue marxistas e antropólogos. Por Hugo Albuquerque, em O Descurvo (Outras Mídias)

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Dirceu abriu filial de consultoria no endereço de dona de hotel no Panamá

A JD registrou empresa no local da Truston, dona do St. Peter, que ofereceu ao ex-ministro emprego de R$ 20 mil; processo foi feito no escritório que oferece ‘laranjas’ para firmas estrangeiras


PressAA: Alvíssaras! Dirceu, que fora convidado para abrir empresa no Panamá, a fim de prestar consultoria a grandes empresas que recebem incentivos fiscais naquele país, mas que estão sofrendo perseguição de fortes grupos multinacionais do ramo quimicopó, encontrou endereço para instalar escritório, coisa rara na Cidade do Panamá parcialmente destruída, depois da invasão do país, há 24 anos, pelo Império do Terror, à época sob o comando de George Bush Pai...

Panamá: exigir a verdade sobre os mortos na invasão militar dos EUA

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Duas crianças em uma destruído durante a invasão dos EUA no bairro do edifício Cidade do Panamá Chorrillo.
PL - Peregrinação ao Jardim da Paz no túmulo dos mortos, exposições de fotografias, murais, eventos culturais e marchas em Chorrillo realizada hoje no Panamá pelo 24 º aniversário da invasão dos EUA. Ernesto Fitzroy, líder de El Chorrillo anunciou que o Provedor de Justiça vai iniciar um processo para determinar a verdade sobre os mortos na invasão militar de 20 de dezembro de 1989 ordenada pelo presidente George Bush (pai), sob o nome de "Just Cause" .
Fitzroy chamado vergonhoso que mesmo 24 anos após a agressão injustificada, e não um número exato de morte continuou a acreditar mesmo quando exceder de três mil panamenhos, a grande maioria civis, para as forças de defesa eram apenas três mil soldados .
O líder da juventude disse que valas comuns Chorrillo contendo corpos não identificados e Memorial Associação 20 de dezembro obras para identificar as vítimas e desaparecidos da invasão.
Seu colega Olga Cardenas exigiu que o presidente Ricardo Martinelli processar EUA para compensar todo o país até o abate e constatou que 20 de dezembro deve ser declarado dia de luto nacional, e deixou a bandeira nacional a meio mastro para os mortos inocentes durante a invasão.
Cardenas, que integrou os grupos civis armados, naqueles dias, disse que a invasão dos EUA tentou erradicar as Forças de Defesa, testes de armas, manter o Canal do Panamá e justificou a ação com a prisão do ex-general Manuel Antonio Noriega, quando já não lhes servida.

Mais Estacão...

Trâmites. A sucursal da empresa de Dirceu no Panamá existiu para os órgãos públicos brasileiros por ao menos um ano. Em abril de 2009, numa alteração contratual, o ex-ministro decidiu "tornar sem efeito" a abertura da filial no Panamá. Segundo um delegado da Polícia Federal, um servidor do alto escalão da Receita Federal e um advogado especialista em direito empresarial ouvidos pelo Estado, o registro, no entanto, só tem valor no Brasil e não impede que a JD prossiga com eventuais negócios no paraíso fiscal.

PressAA: Aí o Estacão não usou laranjas, mas, sim, fantasmas. Tudo mentira, eles não ouviram nenhum delegado da PF ou qualquer servidor de alto ou baixo escalão nem especialista em coisa alguma. 

Se um caso desses tivesse acontecido com um desses advogados de porta de cadeia deles, estariam hoje dizendo que o sujeito desistiu porque não estava concordando com os fatos, ou que preferia dar atenção aos seus interesses profissionais aqui mesmo no Brasil.

Quanto à perseguição a Dirceu, com o propósito de impedir ou dificultar que ele possa prover a sua subsistência e de seus sócios e colaboradores, isso é de longa data. Veja esse artigo do nosso Editor-Assaz-Atroz-Chefe no Observatório da imprensa, em 11/07/2006...


LEITURAS DA FOLHA

A não-reportagem sobre uma não-informação


Por Fernando Soares Campos em 11/07/2006 na edição 389

O jornalismo brasileiro inaugura a "não-reportagem ininformativa". Trata-se de uma dinâmica inatividade jornalística que se ocupa dos fatos que, se tivessem ocorrido, teriam acontecido. É um desses corriqueiros fenômenos inexplicavelmente fáceis de serem incompreendidos.
Imagine o repórter chegando à redação e o chefe lhe perguntado:
– E aí, conseguiu alguma coisa?
– Nada! – responde animado o repórter.
– Ótimo! – diz o chefe. – Cadê o não-material?
– Tá aqui, ó – entrega-lhe um disquete.
O chefe introduz o disquete no micro, abre o documento e lê, comentando em voz alta:
– Nada sobre a viagem do Zé Dirceu à Bolívia, nenhum detalhe sobre o que ele falou com Evo Morales, nem mesmo sobre o que não falou. Também nenhum detalhe sobre sua possível viagem aos Estados Unidos... Necas de pitibiriba sobre o que fez no México; se é que foi realmente ao México. Nenhuma informação sobre seus não-clientes. Dirceu nega que não se encontrou com Evo...
– Não, chefe – corta o repórter —, ele nega que tenha se encontrado.
– Então ele confirma que não se encontrou. Ótimo!
– É, acho que dá no mesmo.
– Bulhufas sobre o diálogo de Dirceu com Eike Batista.
– Mas, em compensação, a diretoria da siderúrgica EBX, de propriedade do Eike, não confirma nem nega se o Dirceu foi ou é contratado daquela empresa.
– Nesse caso, se ele foi, é ou será colaborador da siderúrgica, pode ter, ou não, viajado no jatinho da empresa.
– Demais, chefe! Só o senhor mesmo poderia chegar a essa conclusão!
– Mas... – o chefe localiza alguma coisa na tela – que empresa é essa aqui?!
– Qual?
– "José Dirceu & Associados"...
– Deve ser a empresa à qual o Zé Dirceu se associou. Certamente está no nome de algum laranja. Pelo nome da firma, sem dúvida é um parente, talvez...
– É provável, é provável... Huuummm... Quer dizer que o Dirceu nega que tenha negociado a questão do gás com Evo Morales, em nome do governo Lula?
– Não, chefe, ele não nega!
– Não?!
– Não, mas também não confirma.
– Ah, sei, sei...
– Mas a ministra Dilma Rousseff entregou o jogo.
– É?!
– Tá tudo aí.
O chefe rola a página na tela do monitor e lê a declaração da ministra:
– "A relação com os bolivianos é feita por meio de canais diplomáticos, do Itamaraty, do Ministério das Minas e Energia e da Petrobras, no que se refere à questão do gás".
– Viu?! Eles agem em conluio! – diz o repórter.
– Tá muito bom. Parabéns! Vai para a página policial.
Finalmente, os dois relaxam e mudam de assunto, enquanto tomam um cafezinho.
– Pô, chefe, o Silvio de Abreu bem que poderia ter aproveitado essa matéria para fechar com chave de ouro a trama da novela Belíssima.
– É verdade, é verdade...
– Ia dar o maior ibope!
– Pois é, já pensou?! No final, Bia Falcão, Medeiros, Ivete, Mary Montila, André...
– ... a dona Tosca, Valdete, Seu Aquilino, o Alberto...
– Isso, isso! Todos eles entrando, apoteoticamente, no Congresso Nacional...
– Corta para um helicóptero decolando dos jardins do Palácio do Planalto, sobrevoado Brasília e produzindo uma chuva do nosso jornal... Ah! – suspira o repórter.
– Um exemplar caindo em câmera leeentaaa...
– A manchete em detalhe...
O chefe ergue os braços e, com os indicadores e polegares formando ângulos retos, simula o enquadramento da cena e fala pausadamente:
– "Dirceu não revela o que foi fazer na Bolívia"
( http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u80175.shtml )
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Escritor, Rio de Janeiro

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Vocês estão pensando que é sacanagem?! Qual nada! É tudo verdade mentirosa! Taí pra quem quiser ler...

07/07/2006 - 10h12

Dirceu não revela o que foi fazer na Bolívia


RUBENS VALENTE

da Folha de S.Paulo

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Atenciosamente,
Albertino Fernandes (Construtor)
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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA



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