quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

"Reparação" - o vídeo que vem a ser a "preparação" de (in)consciências para o golpe que se anuncia

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Trechos da "Carta aberta a Paulo Vannuchi, Ministro, Cidadão Brasileiro, Companheiro e Amigo", escrita pelo jornalista Alipio Freire.

Caro Paulo,

Acabo de tomar conhecimento da notícia (abaixo) sobre a ameaça de pedido de demissão do ministro da Defesa Nelson Jobim, e dos seus patronos, os comandantes das Três Armas, e da negociação encaminhada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A indignidade e o golpismo desses setores representados pelo ministro Jobim e os três comandantes não nos surpreende. Não nos surpreende sequer a escolha dos momentos de maior desmobilização (como as festas de final de ano) para que façam suas chantagens e gerem crises: entre outras medidas, o Ato Institucional Número 5 também foi anunciado na noite de uma sexta-feira, às vésperas das festas de final de ano de 1968 (13 de dezembro).

[...]

Entre outros, os interesses eleitoreiros da crise inaugurada neste 22 de dezembro de 2009 são tão óbvios, que nem merecem que os analisemos – sobretudo depois das sucessivas investidas neste sentido, ao longo deste ano (2009). Sobre o que eles prometem para o próximo ano, basta acessarmos “Reparação”, no link http://www.youtube.com/watch?v=8d61_1u1s2o
três minutos do trailer oficial do documentário longa-metragem que a direita lançará em 2010. Verdadeiro primor: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, lado a lado com outros coristas da dimensão do jornalista Demétrio Magnoli e do acadêmico Marco Antônio Villa – sim, amigo Vannuchi, uma verdadeira quadrilha naturalista (talvez não tão naturalista…).


O OUTRO LADO – Carta Aberta ao Ministro Paulo Vannuchi – Por Alípio Freire.
http://najornada.wordpress.com/2009/12/30/o-outro-lado-carta-aberta-ao-ministro-paulo-vannuchi-por-alipio-freire/

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Fernando Soares Campos - Editor-Assaz-Atroz-Chefe

O golpe militarizado contra o governo Lula está pronto para ser deflagrado, porém o silêncio dos conglomerados de empresas que formam o oligopólio dos meios de comunicação no nosso país faz com que a ingenuidade da classe média letrada acredite que "não há clima para golpe no Brasil".

Depois de longas e tenebrosas décadas de ditadura militar promovida pelas elites econômico-financeiras e vendilhões da pátria, os países e empresas imperialistas, liderados pelos EUA, decidiram vender democracia. E o povo ainda hoje acredita que a conquistou através de lutas pacíficas com a sociedade civil organizada.


Terror, terrorista e terrorismo serão as palavras de ordem da mídia golpista em todo o mundo em 2010.

No Uruguai, um "ex-terrorista" ganhou as eleições.

No Brasil, uma "ex-terrorista" pode ganhar as eleições, e o atual presidente apoia essa candidata e todos os "ex-terroristas" que atuaram no país lá pelos anos 1960/70. Ainda por cima, quer punir os "bravos" militares que combateram o terrorismo.

A Venezuela está nas mãos de um "terrorista", apoiado pelo índio-cocalero-presidente da Bolívia.
Metade da Colômbia está sob o domínio de "terroristas".

Todos esses "terroristas" estão metendo a mão nas riquezas que os imperialistas e colonialistas compraram das mãos sujas dos vendilhões, com garantia de posse ad infinitum.

Os golpistas autóctones se assanharam, estão arrepiados, falam em "revanchismo" dos "terroristas" de antanho. Os canalhas posam de "democratas".
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Trecho de artigo que escrevi e publiquei em 2007

Clima é pra lavoura; golpe exige oportunidade!

Existe clima para golpe militar?

Com esta imprensa que temos aí, não duvido que, a qualquer momento, entrevistem alguns generais e os consultem sobre as possibilidades de um iminente golpe de Estado. Eu já vi coisas assim: repórteres perguntando a generais se existia algum golpe em andamento. Como se algum conspirador admitisse as intenções de golpear. Não estou com isso dizendo que algum general conspira, atualmente, no Brasil, refiro-me à “ingenuidade” de certos profissionais de imprensa.

Conspiração contra um governo (qualquer que seja) é uma constante, é uma atitude comum a oposições de qualquer orientação político-ideológica. Uns mais desleais que outros, mas conspirar é muito comum entre adversários.

Golpear um governo não depende apenas de "clima" ou "ambiente"; mas, acima de tudo, de oportunidade. E essa oportunidade a oposição brasileira está criando, com o apoio da mídia golpista, pois quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Lembram-se? Os tempos são outros, os métodos talvez também sejam outros, porém não menos violentos.

Milhares de pessoas já morreram porque não acreditavam em golpe militar iminente. Duvido que, na manhã de 1º de abril de 64, os militantes de esquerda e a população brasileira em geral acreditassem que, naquele mesmo dia, os tanques estariam nas ruas.

Eu perguntaria aos companheiros chilenos se eles poderiam nos relatar como se sentiam no dia em que bombardearam o Palácio La Moneda e eliminaram o presidente Salvador Allende. Se a população havia sido notificada sobre o “evento”. Se os companheiros argentinos, por acaso, receberam algum boletim informativo com uma nota do tipo "Amanhã cedo vamos golpear". Como foi o primeiro dia de matança aí na Argentina, hein? Como estava o clima naquele dia? Muito frio? Chuvoso? Nevasca? Calor?

Para não ficarmos em dúvida de que conspirar é uma constante, vejamos alguns trechos do que escreveu o capitão-de-mar-e-guerra Cláudio Buchholz Ferreira, no Manifesto dos Companheiros das Forças Armadas, em outubro de 2005:

“Em um momento da vida nacional em que o povo mais precisa das Forças Armadas para o restabelecimento da ordem e da garantia das Instituições, fiquem certos de que elas não se acovardarão ante o processo de desvalorização dos seus integrantes e da premeditada ação de anulação de sua capacidade de reação e de cumprimento do seu dever, nem em face de tentativas de implantação de regimes totalitários, contrários às nossas mais sagradas tradições.” (...) Não temos permissão para nos acomodar. Por juramento, somos obrigados a tomar uma atitude. Chega de chantagens emocionais "quartelada", "golpe", "patrulhamento". (...) Fazemos votos para que aqueles que, em dissonância com a história, ainda pretendem implantar no Brasil um estado totalitário, desistam da idéia, porque não é isso que os brasileiros querem e se eles não querem nós não vamos deixar que isso aconteça. O que todos querem é muito simples: imprensa livre, repetindo, IMPRENSA LIVRE...”

Fala-se em imprensa livre como se liberdade de imprensa conferisse o direito à mentira, ao engodo, às meias-verdades, às acusações precipitadas, sem que o acusado tenha direito a defesa.

O AI-5 do general Costa e Silva, em 68, impôs o fechamento do Congresso Nacional e censura à imprensa. Estabeleceu de vez a ditadura que começou em 64. Porém, nos dias de hoje, com a imprensa e o Congresso que temos aí, nem precisa cassar mandatos, nem precisa impor censura à imprensa. Pra quê?! Eles já aprenderam a autocensurar-se, a obedecer, a mancomunar-se. Nada de atos de exceção, hoje basta o que já temos aí, impérios jornalísticos a serviço do poder econômico, engasgado com um presidente de origem paupérrima, de pouca instrução formal, mas competente, ensinando como se governa competentemente. Isso, para as oligarquias que dominaram este país durante séculos, é inaceitável. Não adianta multiplicarem seus lucros, o importante para elas será a retomada do poder institucional. Imaginem quantas madames estão torcendo o nariz para a primeira dama, quanta cobrança elas fazem aos maridos, instigando-lhes o ódio e a cobiça. Quanta inveja! Imagine de quanta covardia serão capazes, para novamente se apossarem do trono.

E olha que o capitão aí estava “indignado” apenas com o caso do “mensalão”. Imagino como deve estar se sentindo hoje com o “apagão aéreo”.

Não há clima de golpe?!

Ora, o que precisa de bom clima é dia de praia e lavoura; para golpear eles precisam de oportunidade. E oportunidade se constrói. Mesmo que de forma desleal, como estão fazendo.



http://www.novaeconomia.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=665
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No vídeo "Reparação", elementos como Fernando Henrique Cardoso (hoje se sabe que este foi colaborador do regime militar, pago por órgão ligados à CIA) tentam fazer a população acreditar que "todos são iguais", agentes da repressão e membros da resistência.

O enfoque que eles dão para justificar essa aberração está relacionado com os atentados à bomba e assaltos a banco que resultaram na morte de seguranças. Mas bem sabemos que boa parte dos atentados atribuídos aos guerrilheiros foi, na verdade, planejado e executado pelos órgãos de repressão, como o caso da bomba do Riocentro e os planos frustrados de explosão do gasômetro da cidade do Rio de Janeiro.

A bomba na OAB, que resultou na morte de dona Lida Monteiro, foi enviada por elemento da repressão. No final dos anos 1970, bastaram ligeiros acenos de abertura política para que os verdadeiros terroristas, os agentes da repressão, executassem atentados à bomba contra redações de jornais e bancas de revista que vendiam publicações consideradas "subversivas".

Os sujeitos querem que a população acredite que os militares teriam o direito de agredir, golpear, invadir as instituições públicas, prender, torturar e matar; enquanto todos deveriam obedecer, acatar e até agradecer. Eles nunca vão aceitar que o terror partiu deles; e alguns brasileiros tiveram a dignidade de reagir e enfrentar o terrorismo do Estado.

O vídeo "Reparação" também tem como objetivo fazer a população associar Dilma Rousseff à resistência armada e às ações que tiveram como consequência a morte e mutilação de pessoas não envolvidas no combate à ditadura.

Depois de Honduras: Brasil, Venezuela, Bolívia, Uruguai, Paraguai e quem mais se meter a besta!

Quem escapar contará a história (se um dia for anistiado).

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PressAA

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